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Autoclave vertical vs horizontal de bancada

No mundo da esterilização, escolher a autoclave adequada é fundamental para garantir a eficiência e a segurança dos processos.

Duas das opções mais comuns são as autoclaves verticais e as autoclaves horizontais de bancada, cada uma com características específicas que as tornam ideais para diferentes aplicações.

Neste artigo, explicamos em detalhe as suas diferenças, vantagens e utilizações recomendadas.

Qual é a diferença entre uma autoclave vertical e uma horizontal?

A principal diferença entre uma autoclave vertical e uma horizontal está na orientação da carga e na conceção da câmara de esterilização:

  • Autoclaves verticais: A carga é introduzida pela parte superior. São conhecidas pela sua grande capacidade, permitindo esterilizar maiores volumes de material num único ciclo.
  • Autoclaves horizontais de bancada: A carga é colocada frontalmente através de uma porta basculante. São compactas e concebidas para ambientes com espaço limitado, sendo ideais para laboratórios pequenos e clínicas.

Dimensões e espaço necessário

As autoclaves de carga vertical requerem mais espaço em altura, mas otimizam a utilização do chão em laboratórios e locais de trabalho. Em contraste, as autoclaves de bancada ocupam menos altura e podem ser colocadas sobre mesas ou bancadas de laboratório, o que facilita a sua integração em áreas reduzidas.

Capacidade e utilizações recomendadas

  • Autoclaves verticais: Projetadas para esterilização de grandes volumes, permitem processar grandes quantidades de material num único ciclo. São muito utilizadas em laboratórios, hospitais e centros de investigação onde a eficiência é essencial.
  • Autoclaves de bancada: Concebidas para cargas mais pequenas e ciclos de esterilização rápidos, são amplamente utilizadas em clínicas, consultórios e pequenos laboratórios que necessitam de uma solução compacta e prática.

Autoclave de bancada RAYPA

Prós e contras das autoclaves verticais

Vantagens das autoclaves verticais:

👍 Maior capacidade – Permitem esterilizar grandes volumes de instrumentos, meios de cultura e materiais volumosos de laboratório num só ciclo.
👍 Aproveitamento do espaço – Apesar da altura, ocupam menos área no chão, maximizando a organização do laboratório.
👍 Versatilidade – Adequadas para diferentes tipos de materiais, incluindo líquidos e equipamentos volumosos.

Desvantagens das autoclaves verticais:

👎 Menos ergonómicas – A carga pela parte superior pode exigir mais esforço físico, sobretudo para materiais pesados. Contudo, existem guinchos fixos ou móveis que facilitam a carga e descarga, aumentando a segurança.
👎 Processo de manuseamento mais demorado – A carga e descarga podem ser mais lentas em comparação com os modelos de bancada, dependendo do tipo de material.

Autoclave vertical com guincho elevador de cestos RAYPA

Prós e contras das autoclaves horizontais de bancada

Vantagens das autoclaves de bancada:

Design compacto – Perfeitas para ambientes com espaço limitado, uma vez que podem ser instaladas em mesas ou bancadas de laboratório.
Carga ergonómica – O sistema de abertura frontal permite colocar os materiais diretamente sobre a bandeja ou dentro da autoclave, evitando levantar grandes pesos. Além disso, é possível utilizar um carro de apoio para aproximar a carga da boca da autoclave, tornando o processo mais seguro e prático.
Ciclos de esterilização rápidos – Desenvolvidas para processar volumes moderados de forma eficiente, sendo ideais para clínicas e pequenos laboratórios.

Desvantagens das autoclaves de bancada:

Capacidade limitada – A conceção cilíndrica da câmara restringe a utilização do espaço, impedindo o aproveitamento dos cantos e limitando a altura de certos recipientes.
Menos versáteis – São menos eficientes para esterilizar equipamentos volumosos ou grandes quantidades de líquidos, quando comparadas com as autoclaves verticais.

Autoclaves de bancada RAYPA

Como escolher a autoclave adequada

A escolha entre uma autoclave vertical e uma autoclave horizontal de bancada depende de alguns fatores chave:

  • Volume de carga: Se precisa esterilizar grandes quantidades de material num só ciclo, a autoclave vertical é a melhor opção.
  • Espaço disponível: Em ambientes onde o espaço é reduzido, a autoclave de bancada é a alternativa mais indicada.
  • Tipo de aplicação: Laboratórios que trabalham com materiais volumosos ou grandes volumes de líquidos beneficiam da maior eficiência das autoclaves verticais.

Em resumo

Ambos os tipos de autoclaves oferecem soluções eficazes de esterilização, mas a escolha dependerá das necessidades específicas de cada utilizador.

Se procura uma solução de grande capacidade para cargas volumosas, a autoclave vertical é a opção ideal.

Por outro lado, se precisa de um equipamento compacto e eficiente para cargas moderadas, a autoclave horizontal de bancada será a escolha mais adequada.

Ainda tem dúvidas sobre qual autoclave escolher? Na RAYPA, ajudamo-lo a encontrar a melhor solução de esterilização para o seu laboratório. Contacte-nos e receba aconselhamento especializado.

Como limpar um autoclave

A eficiência e a segurança operacional de um autoclave — um equipamento essencial para a esterilização de instrumentos médicos, laboratórios e outros ambientes críticos — estão intrinsecamente ligadas à implementação rigorosa de práticas adequadas de cuidado e limpeza.

A acumulação de resíduos não só pode afetar negativamente o desempenho do equipamento, como também representa um risco significativo para a segurança dos operadores e para a integridade do processo de esterilização.

Este artigo tem como objetivo fornecer um guia para a limpeza e manutenção de autoclaves, abordando desde considerações gerais até recomendações específicas, a fim de garantir a durabilidade, fiabilidade e eficácia destes equipamentos.

Consulte sempre o manual do fabricante

O primeiro passo deve ser a consulta dos manuais específicos de utilização e manutenção do equipamento em questão. Estes documentos contêm informações detalhadas sobre as práticas de manutenção regular, os consumíveis adequados e as especificações técnicas de instalação.

Além disso, seguir estas diretrizes ajuda a manter a validade das garantias do equipamento e assegura que qualquer procedimento seja realizado em conformidade com as normas e regulamentos do setor.

Que produtos são necessários para limpar um autoclave?

Para evitar danos no equipamento e garantir o seu máximo desempenho, é fundamental utilizar produtos de limpeza específicos que não comprometam a integridade dos seus componentes.

Evite utilizar materiais ou substâncias que possam ser abrasivas ou corrosivas para o autoclave.

Limpando um autoclave

Alguns dos produtos recomendados para limpar um autoclave são os seguintes:

  • Panos macios ou toalhas de algodão.
  • Água destilada, para evitar a obstrução da válvula de drenagem devido à acumulação de minerais.
  • Detergente neutro ou um produto de limpeza não abrasivo recomendado pelo fabricante.
  • Luvas de proteção para o utilizador.

Em que consiste a limpeza de um autoclave?

A limpeza regular inclui uma série de operações manuais simples que devem ser realizadas com cuidado para evitar danos no equipamento. É importante seguir algumas precauções gerais, tais como:

  • Evitar o uso de jatos de água diretos, seja a pressão ou em forma de pulverização.
  • Prevenir a acumulação de resíduos calcários ou outras substâncias na câmara de esterilização, na tampa e na junta.

Procedimentos recomendados para a limpeza:

1. Limpeza da junta, interior da tampa e superfícies externas. Para remover depósitos calcários da junta e do interior da tampa, utilize um pano limpo de algodão humedecido em água. Para as superfícies externas, utilize um pano macio humedecido com água, podendo adicionar um pouco de detergente neutro, se necessário.

Em ambos os casos, após a aplicação, é essencial secar completamente todas as superfícies e remover quaisquer resíduos antes de utilizar o autoclave. Ocasionalmente, as superfícies externas também podem ser desinfetadas com álcool desnaturado.

2. Limpeza da câmara de esterilização e acessórios. Para limpar a câmara de esterilização, a grelha de proteção da resistência, os cestos e outras superfícies internas, utilize um pano limpo de algodão humedecido com água e, se necessário, um pouco de detergente neutro. No final, enxague cuidadosamente todas as superfícies com água destilada para remover quaisquer resíduos.

Evite usar objetos afiados ou cortantes para remover incrustações. Se forem observados depósitos calcários evidentes, deve verificar a qualidade da água utilizada.

Limpeza de autoclaves

3. Limpeza dos depósitos de água. Nos autoclaves equipados com depósitos de água limpa e suja, estes devem ser esvaziados e limpos regularmente. É essencial não esvaziar o depósito enquanto o equipamento estiver sob pressão, pois o vapor e a água quente podem causar queimaduras.

4. Limpeza do filtro de descarga. Com o uso, diferentes tipos de resíduos podem acumular-se no filtro de descarga, podendo obstruir o sistema. Nestes casos, deve remover o filtro, seguindo as instruções do fabricante, e limpá-lo cuidadosamente sob um jato de água corrente.

Para resíduos mais resistentes ou para remover partículas de maior dimensão, pode ser necessário o uso de um instrumento pontiagudo. Se o filtro estiver obstruído por ágar, recomendamos a utilização de água quente. Se, após a limpeza, o filtro continuar obstruído ou não apresentar melhorias, deve ser substituído por uma peça original.

Com que frequência deve ser limpo o autoclave?

O plano de limpeza e manutenção de um autoclave deve ser adaptado à intensidade do trabalho e ao tipo de processos de esterilização realizados.

De forma geral, recomendamos o seguinte plano de manutenção básica para o seu autoclave:

  • Diariamente: limpeza da junta, do interior da tampa e das superfícies externas.
  • Semanalmente: limpeza da câmara de esterilização e acessórios. Além disso, deve ser feita a substituição da água dos depósitos nos equipamentos que o exigem.
  • Mensalmente: limpeza do filtro de descarga.

Dicas de manutenção após a limpeza do autoclave

É essencial realizar inspeções regulares para identificar e resolver de forma proativa quaisquer sinais de desgaste, acumulação de resíduos ou mau funcionamento do equipamento.

A adoção de práticas de limpeza sistemáticas, juntamente com a substituição atempada de componentes desgastados e a calibração precisa dos controlos e sensores do equipamento, são aspetos fundamentais de um programa de manutenção eficaz e eficiente.

A implementação rigorosa destas ações de manutenção, realizadas com a periodicidade e atenção necessárias, contribui para prolongar a vida útil do equipamento, melhorar o seu desempenho e garantir processos de esterilização seguros e eficazes, alinhados com os mais elevados padrões de qualidade e segurança.

Como limpar um autoclave

Na RAYPA, recomendamos a realização de uma inspeção anual completa, focada na verificação do funcionamento ótimo dos mecanismos de segurança, na avaliação do estado da junta da porta, na substituição do filtro bacteriológico e na calibração meticulosa das sondas de temperatura.

Se tiver dúvidas sobre a limpeza ou manutenção do seu autoclave, não hesite em contactar-nos. Os nossos especialistas estão disponíveis para o ajudar a resolver qualquer problema, fornecer formação e disponibilizar peças de substituição originais de alta qualidade.

Teste de esporos em autoclave

O teste de esporos em autoclave é um procedimento fundamental para garantir um controlo rigoroso da esterilização, tanto em contextos de saúde como de investigação, incluindo hospitais, estúdios de tatuagem, laboratórios de análises clínicas ou a indústria microbiológica, entre outros.

Este método é considerado o padrão-ouro para avaliar se um processo de esterilização elimina todos os microrganismos, incluindo os mais resistentes, como as esporas bacterianas.

Neste artigo, vai aprender como realizar o teste de esporos em autoclave, qual a importância do controlo de esporos e quais as normas essenciais a seguir para manter elevados níveis de segurança e qualidade.

O que é o teste de esporos?

O teste de esporos é um indicador biológico que avalia a eficácia de um processo de esterilização.

Ao contrário de outros indicadores químicos ou físicos, o teste de esporos utiliza esporas bacterianas altamente resistentes, como as de Geobacillus stearothermophilus, que são submetidas a um ciclo de esterilização a vapor sob alta pressão.

Se o ciclo for efetivo, as esporas não sobrevivem, indicando que o processo foi bem-sucedido. Pelo contrário, se as esporas sobreviverem, isso revela uma falha na esterilização, representando um risco significativo para a segurança de pacientes e utilizadores.

Teste de esporos em autoclave

Porque é importante realizar o teste de esporos em autoclave?

O controlo de esporos em autoclave é essencial, pois oferece a maior precisão para verificar se o equipamento alcançou uma esterilização completa.

Outros métodos, como os indicadores químicos, apenas mostram se foram atingidos os parâmetros corretos de tempo, temperatura e pressão, mas não confirmam se as bactérias mais resistentes foram eliminadas.

A utilização regular deste teste é obrigatória em muitos contextos clínicos e estéticos. Normas internacionais, como as do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (Centers for Disease Control and Prevention – CDC) e as diretrizes europeias, recomendam a realização periódica do teste de esporos, especialmente em ciclos críticos que incluam instrumentos cirúrgicos ou implantes.

Como realizar o teste de esporos em autoclave?

Realizar o teste de esporos em autoclave é relativamente simples, mas exige seguir um protocolo rigoroso para garantir a sua eficácia. Seguem-se as etapas principais:

1. Preparação do bioindicador

Os bioindicadores são pequenos frascos, tiras ou ampolas que contêm uma quantidade controlada de esporas bacterianas resistentes. Estas esporas estão suspensas num meio de cultura que favorece o seu crescimento caso sobrevivam ao processo de esterilização.

O primeiro passo é colocar o frasco, tira ou ampola num saco representativo dos materiais a esterilizar.

Bioindicador

2. Colocação na autoclave

O frasco ou tira com esporos deve ser colocado nas zonas menos acessíveis da autoclave, como os cantos da câmara de esterilização ou perto do dreno, especialmente em autoclaves de deslocamento por gravidade.

Nas autoclaves de vácuo fracionado, a distribuição do vapor tende a ser mais uniforme, mas continua a ser essencial posicionar os bioindicadores nestas áreas críticas, mais propensas a pontos frios ou a menor penetração de vapor.

3. Execução do ciclo de esterilização

Depois de colocados os bioindicadores, realiza-se um ciclo normal de esterilização.

É fundamental seguir as instruções do fabricante da autoclave, garantindo os parâmetros adequados de temperatura, tempo e pressão para cada tipo de ciclo.

4. Incubação do bioindicador

No final do ciclo, o frasco é retirado e colocado numa incubadora a uma temperatura entre 55 e 60 °C durante 24 a 48 horas, consoante o tipo de incubadora (algumas incubadoras rápidas permitem obter resultados em poucas horas).

Durante este processo, observa-se se as esporas sobrevivem e crescem, o que se manifesta através de uma alteração de cor no meio de cultura.

5. Interpretação dos resultados

Os resultados podem ser analisados visualmente ou com recurso a uma incubadora rápida que avalia a coloração do frasco.

Uma cor amarela indica que as esporas sobreviveram, ou seja, o ciclo de esterilização falhou.

Se a cor permanecer púrpura ou não houver crescimento, significa que a esterilização foi eficaz.

Com que frequência deve ser realizado o teste de esporos em autoclave?

As normas internacionais sugerem que o controlo de esporos em autoclave seja efetuado semanalmente, sobretudo em cargas que contenham materiais críticos, como implantes cirúrgicos.

Também é recomendável realizar o teste no primeiro ciclo de esterilização de cada dia ou sempre que houver suspeita de que a autoclave possa não estar a funcionar corretamente.

Em alguns setores da saúde, a legislação exige um controlo mais frequente, por exemplo, em ciclos diários ou após reparações da autoclave.

Os estabelecimentos não médicos, como estúdios de tatuagem ou salões de beleza, podem estar sujeitos a regulamentos diferentes, mas é altamente recomendável adotar práticas semelhantes.

Diferenças entre o teste de esporos e outros controlos de esterilização

É essencial compreender as diferenças entre indicadores biológicos e outros tipos de controlo, como os indicadores químicos.

Embora os indicadores químicos sejam mais rápidos e económicos, não garantem que a esterilização tenha sido eficaz, apenas confirmam que foram atingidos certos parâmetros durante o ciclo.

O teste de esporos, por sua vez, oferece uma verificação real de que todos os microrganismos, incluindo as esporas resistentes, foram eliminados.

Indicadores químicos

Existem diferentes classes de indicadores químicos, desde os mais simples (Classe 1), que apenas indicam se o pacote passou pela autoclave, até aos mais avançados (Classe 5 ou 6), que medem múltiplos parâmetros como temperatura e tempo.

Contudo, apesar de poderem detetar falhas no ciclo, não oferecem a mesma segurança que um indicador biológico e não podem ser usados como substitutos.

Indicadores biológicos

O teste de esporos é o único indicador capaz de confirmar a eliminação total de microrganismos.

Este tipo de controlo é especialmente importante em contextos onde a esterilização deve ser absolutamente segura, como na esterilização de instrumentos cirúrgicos ou na preparação de implantes dentários.

Normas e recomendações internacionais

Diversas organizações de saúde e normas internacionais, como as diretrizes ISO e as recomendações do CDC, destacam a importância de realizar controlos biológicos periódicos em autoclaves.

As normas ISO 11140 e ISO 11138 regulam, respetivamente, os requisitos dos indicadores químicos e biológicos, enquanto o CDC recomenda o uso de bioindicadores como parte de um protocolo de controlo de infeções.

Além disso, alguns países europeus e estados norte-americanos exigem que o teste de esporos seja feito, pelo menos, semanalmente, e nalguns casos até com maior frequência para garantir a segurança do paciente.

Protocolo em caso de falha no teste de esporos

Se o resultado do controlo de esporos em autoclave for positivo (crescimento de esporos), é necessário agir de imediato.

O primeiro passo é retirar de uso todos os instrumentos esterilizados nesse ciclo e repetir o processo de esterilização.

falha no teste de esporos

Além disso, é fundamental inspecionar a autoclave, recalibrar o equipamento se necessário e efetuar um diagnóstico para identificar possíveis falhas mecânicas ou de programação.

Depois de corrigido o problema, recomenda-se realizar um segundo teste de esporos para confirmar que o equipamento está a funcionar corretamente antes de o voltar a utilizar.

Em resumo

O teste de esporos é uma ferramenta indispensável para garantir que os processos de esterilização em autoclave são eficazes e seguros.

Embora possa parecer um procedimento adicional, a sua implementação regular é vital para prevenir riscos de infeção e garantir a segurança em clínicas, hospitais e outros contextos.

Seguir as recomendações sobre como realizar o teste de esporos em autoclave e manter um controlo adequado de esporos é essencial para um ambiente de trabalho seguro e livre de contaminantes biológicos.

Neste artigo abordamos os aspetos mais relevantes do teste de esporos para autoclave, desde a sua importância até à correta implementação.

Seguindo estes passos, qualquer entidade que utilize autoclaves pode garantir que os seus processos de esterilização são eficazes e cumprem as normas mais rigorosas de controlo de infeções.

Descarregue a sua folha de registo para o teste de esporos

Manter um registo adequado é essencial para garantir a rastreabilidade do processo de esterilização e cumprir as normas de controlo de infeções em contextos clínicos. Para facilitar o acompanhamento dos resultados do teste de esporos em autoclave, criámos uma folha de registo que pode descarregar gratuitamente.

 

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O que é um autoclave de laboratório

No coração dos laboratórios de microbiologia e das instalações de produção em várias indústrias, o autoclave é um guardião silencioso da segurança, pureza e precisão. Este dispositivo, longe de ser um mero acessório, é um baluarte contra a contaminação, crucial para garantir a validade das experiências científicas e a segurança dos produtos farmacêuticos e alimentares. A sua função vai além da mera esterilização: é uma ferramenta de garantia de qualidade, assegurando que os ambientes e processos permanecem livres de agentes patogénicos e contaminantes.

Com a sua estrutura robusta e capacidade para suportar pressões e temperaturas elevadas, o autoclave é uma peça de engenharia sofisticada, essencial na cadeia de operações em que a esterilidade é um requisito não negociável. No campo da investigação e da produção, onde a contaminação é uma ameaça constante, o autoclave é um aliado indispensável, garantindo que os resultados das experiências e a qualidade dos produtos são impecáveis e fiáveis.

Este artigo mergulha na essência do autoclave, revelando como este equipamento é fundamental em diversos contextos profissionais. Ao decompor o seu funcionamento e destacar a sua importância, dar-lhe-emos uma ideia clara do seu papel insubstituível na ciência e na indústria. O autoclave não é apenas um componente dos processos, é um símbolo do rigor e do compromisso com a excelência que caracteriza os setores que dele dependem.

O que é um autoclave?

Um autoclave é um dispositivo de esterilização que desempenha um papel indispensável na ciência e na indústria, assegurando que os materiais e ferramentas estão livres de microrganismos. Este aparelho, frequentemente comparado a uma panela de pressão devido à sua capacidade de atingir temperaturas e pressões elevadas, é na realidade muito mais sofisticado. Equipado com controlos avançados e sistemas de segurança, o autoclave pode tratar uma variedade de materiais, desde instrumentos cirúrgicos a meios de cultura, com precisão e fiabilidade.

O coração do autoclave é a sua câmara de esterilização, uma construção robusta concebida para suportar os requisitos exatos de pressão e temperatura necessários para uma descontaminação rápida e eficaz. Esta câmara pode variar em tamanho e capacidade, adaptando-se às necessidades específicas de cada ambiente, quer se trate de um pequeno laboratório ou de uma instalação industrial. A escolha de um autoclave adequado é fundamental e baseia-se numa grande variedade de fatores, tais como o volume de material a esterilizar, o tipo de cargas a esterilizar, o espaço disponível e a frequência de utilização.

Funcionamento de um autoclave

O princípio de funcionamento de um autoclave está centrado na utilização de vapor saturado. Este meio é excecionalmente eficaz na transferência de calor e na penetração de materiais, permitindo uma coagulação rápida e completa das proteínas dos microrganismos. Este processo de esterilização por calor húmido é mais eficiente do que os métodos de esterilização a seco, uma vez que o vapor transmite o calor de uma forma superior e pode atingir e manter as temperaturas necessárias para uma esterilização completa em todos os cantos da carga.

O ciclo de esterilização começa com a evacuação do ar da câmara, permitindo que o vapor saturado encha completamente a câmara. A pressão e a temperatura são então elevadas a pontos críticos que são mantidos durante um período de tempo específico, determinado pelo tipo e carga dos materiais no interior do autoclave. Os controlos precisos e os monitores em tempo real garantem que cada ciclo de esterilização decorre de forma consistente, cumprindo as normas exigidas para uma descontaminação eficaz.

Os autoclaves modernos estão equipados com tecnologia de automatização que monitoriza e ajusta os parâmetros de esterilização, assegurando ciclos consistentes e seguros. Estes sistemas não só protegem a integridade do processo de esterilização, como também salvaguardam o operador, impedindo a abertura acidental durante os ciclos e gerindo quaisquer anomalias que possam surgir. A segurança e a eficiência são, por conseguinte, inerentes à conceção e ao funcionamento do autoclave contemporâneo.

No final de um ciclo de esterilização, o autoclave inicia um processo de despressurização e, se necessário, de secagem para remover qualquer humidade residual. Este processo é crucial para evitar a recontaminação dos materiais esterilizados. Uma vez terminado o processo, os materiais podem ser retirados, prontos a serem utilizados em ambientes onde a esterilidade é essencial para a qualidade e segurança do trabalho efetuado, quer se trate de investigação, desenvolvimento de medicamentos, ambientes clínicos ou produção industrial de alimentos.

Para que serve um autoclave?

O autoclave transcende o seu papel de simples dispositivo de esterilização; é um bastião de segurança na luta contra a contaminação microbiana. Nos laboratórios de investigação, a sua utilização é crucial para garantir que os instrumentos e materiais estão livres de quaisquer organismos que possam comprometer a integridade dos dados experimentais.

A esterilidade é um pilar fundamental da metodologia científica, e o autoclave é a ferramenta que permite aos investigadores manter o seu ambiente e utensílios livres de microrganismos, garantindo assim a exatidão e a reprodutibilidade dos resultados.

Na indústria farmacêutica, o autoclave desempenha um papel igualmente vital. A produção de medicamentos e vacinas requer condições absolutamente estéreis para evitar contaminações que possam ter efeitos adversos na saúde dos pacientes.

A esterilização por autoclave é um passo regulamentar não só para a segurança, mas também para a eficácia dos produtos farmacêuticos, especialmente os administrados por vias que requerem uma esterilidade garantida, como as injeções ou as gotas para os olhos.

Carregamento de um autoclave vertical

A relevância do autoclave estende-se à indústria alimentar, onde a segurança dos produtos e o prazo de validade são da maior importância. A esterilização dos alimentos embalados e do equipamento de processamento por autoclavagem impede o crescimento de microrganismos que causam doenças e deterioração. Este processo é essencial para garantir que os alimentos não só são seguros para consumo, como também mantêm a sua qualidade e frescura durante mais tempo.

No domínio da biotecnologia, o autoclave é indispensável para a esterilização dos meios de cultura e dos equipamentos de bioprocessamento. A contaminação nestes ambientes pode resultar na perda de culturas celulares valiosas ou na produção de biomoléculas defeituosas. O autoclave assegura que os ambientes de cultura e os processos de produção são mantidos em condições assépticas, o que é crucial para a viabilidade e o sucesso das operações biotecnológicas.

Por último, o autoclave desempenha um papel crucial na gestão dos resíduos biológicos e perigosos. Os resíduos contaminados, que podem constituir um risco para a saúde e para o ambiente, são efetivamente esterilizados, transformando-se em material seguro para eliminação. Este processo não só protege a saúde pública e o bem-estar dos trabalhadores do setor da saúde e dos laboratórios, como também cumpre os regulamentos ambientais, garantindo que os resíduos são tratados de forma responsável.

Temperaturas e tempos de esterilização em autoclave

A esterilização a vapor é o método preferido numa vasta gama de aplicações devido à sua eficiência, rapidez e segurança. Este processo distingue-se pela sua capacidade de esterilização uniforme e completa, desde que sejam respeitadas as especificações do fabricante e os requisitos específicos da carga.

A chave da sua eficácia reside na saturação completa do vapor no interior da câmara do autoclave e na eliminação do ar, o que permite que o vapor penetre eficazmente em todos os cantos dos materiais a esterilizar. Embora a pressão seja um componente do processo, o seu principal papel é facilitar a obtenção das altas temperaturas necessárias para a esterilização.

Temperaturas de esterilização em autoclave

A precisão na esterilização de materiais porosos é fundamental, e os autoclaves são concebidos para atingir as condições ideais para este fim. Dependendo da temperatura selecionada, que pode variar entre 115°C e 134°C, o tempo necessário para uma esterilização eficaz pode variar entre meia hora e várias horas. É crucial seguir as recomendações de tempo e temperatura para cada tipo de material, uma vez que fatores como a porosidade, a presença de cavidades e a textura influenciam a eficiência do processo.

Além disso, é importante considerar a natureza do material que está a ser esterilizado. Nem todos os materiais podem ser tratados da mesma forma; por exemplo, o vidro e o vestuário de algodão requerem aproximadamente 20 e 30 minutos a 121°C, respetivamente. Esta diferenciação garante que cada artigo é corretamente esterilizado sem danificar a sua integridade. O autoclave, com a sua versatilidade e controlo, é capaz de se adaptar a estas necessidades específicas, proporcionando um ambiente estéril essencial para a investigação científica, a prática médica e a produção industrial.

Se tiver alguma dúvida, contacte-nos e ajudá-lo-emos a encontrar o autoclave que melhor se adapta às suas necessidades.

5 Erros comuns na utilização de autoclaves

O seu autoclave está a funcionar corretamente? Teve algum inconveniente ao utilizá-lo? Sabe quais são os problemas mais frequentes sentidos pelos utilizadores quando utilizam um autoclave?

A utilização de um autoclave é essencial em vários setores industriais, desde hospitais e laboratórios de microbiologia até à indústria farmacêutica e centros de investigação. Estes dispositivos são essenciais para esterilizar implantes médicos, instrumentos e resíduos, assegurando a inativação completa de quaisquer microrganismos e garantindo um ambiente seguro e livre de contaminação. No entanto, a utilização incorreta dos autoclaves pode comprometer seriamente a eficácia deste processo crítico.

Na RAYPA, como especialistas em autoclaves de laboratório, identificámos os erros mais comuns que podem ocorrer quando utiliza um autoclave. A nossa experiência permite-nos fornecer-lhe um conjunto de recomendações básicas para garantir que cada ciclo de esterilização é bem sucedido e seguro. Aqui estão cinco erros comuns ao usar o autoclave e as nossas recomendações práticas para os evitar, garantindo uma esterilização eficaz e prolongando a vida útil do seu equipamento.

1. sobrecarga do autoclave

A sobrecarga do autoclave é uma causa frequente de esterilização incompleta. A tentativa de esterilizar demasiados artigos de uma só vez não só prolonga desnecessariamente a fase de aquecimento, como também impede a livre circulação de vapor dentro da câmara. É crucial que todas as superfícies internas e externas dos artigos estejam acessíveis ao vapor para uma esterilização correta.

A solução é prática e simples. É fundamental distribuir uniformemente os artigos no interior do autoclave, certificando-se de que deixa um espaço mínimo entre eles para facilitar a circulação ideal do vapor. Além disso, é sempre aconselhável colocar indicadores químicos e biológicos no interior da carga para verificar se a esterilização foi realmente correta. Para além disso, é essencial seguir as recomendações do fabricante sobre a capacidade máxima de carga de cada modelo de autoclave.

O cumprimento destas diretrizes não só assegurará uma esterilização bem sucedida, como também prolongará a vida útil do seu autoclave.

2. Utilização de um tipo incorreto de ciclo de esterilização

A seleção de um ciclo de esterilização inadequado é um erro comum que pode comprometer seriamente a eficácia de um processo de esterilização.

Cada tipo de carga requer um conjunto específico de parâmetros e processos para garantir uma esterilização completa e segura. Entre os mais importantes estão a remoção de gases não condensáveis, a duração da fase de esterilização, a temperatura de esterilização, a pressão e a utilização da função de secagem. A utilização de um ciclo incorreto pode não só resultar numa esterilização incompleta, mas também em alterações indesejadas na composição do material e até causar danos estruturais nos objetos processados.

Um exemplo claro deste erro é a utilização de um programa concebido para cargas sólidas aquando da esterilização de líquidos. Os líquidos requerem uma fase de arrefecimento com despressurização lenta e, em alguns casos, a utilização de suporte de pressão. Outro problema típico é utilizar os mesmos parâmetros de tempo de ciclo para processar grandes ou pequenos volumes de líquidos, o que é um erro grave, uma vez que os grandes volumes de líquidos demoram mais tempo a aquecer e, por conseguinte, requerem tempos mais longos para uma esterilização correta.

A chave para evitar este erro é a formação e a atenção aos pormenores. É essencial familiarizar-se com os diferentes ciclos de esterilização que existem e estão disponíveis num modelo de autoclave e compreender qual é o mais adequado para cada tipo de carga. Para tal, deve consultar cuidadosamente as especificações fornecidas pelo fabricante do material e do autoclave. Certifique-se de que a seleção do ciclo se baseia na compatibilidade com o material, tendo em conta fatores como a resistência ao calor e a sensibilidade à humidade.

Exemplos comuns que requerem ciclos específicos incluem líquidos, recipientes herméticos, artigos com geometrias complexas, objetos embalados e têxteis.

Ao seguir estas diretrizes, não só garantirá uma esterilização eficaz, como também protegerá a integridade dos instrumentos processados.

3. Humidade em cargas têxteis e objetos porosos após o final de um ciclo de esterilização

Humidade em cargas têxteis e objetos porosos após a conclusão de um ciclo de esterilização

A presença de humidade residual em cargas têxteis e porosas no final de um ciclo de esterilização indica um processo não otimizado ou um mau funcionamento do autoclave. Estes materiais devem estar completamente secos no final do processo de esterilização. A humidade residual, sob a forma de água condensada, atua como uma barreira à livre circulação do vapor e é um fator de risco importante para a recontaminação ao remover a carga. Esta humidade residual pode servir de terreno fértil para os microrganismos, comprometendo o objetivo da esterilização.

Para evitar este problema, é essencial utilizar sempre um programa que inclua pré-vácuo fracionado e secagem final. Este ciclo é concebido para, em primeiro lugar, remover todo o ar frio da câmara através de múltiplos impulsos de vácuo, seguido da injeção de vapor saturado produzido por um gerador de vapor e, em seguida, remover e expulsar toda a humidade residual através de um sistema de secagem.

Isto garante que os artigos são retirados completamente secos e em condições ótimas para utilização posterior ou armazenamento seguro. Além disso, consoante o volume e a complexidade da carga, pode ser necessário prolongar a fase de secagem final.

Além disso, a disposição dos artigos no autoclave influencia a eficiência da secagem. É essencial assegurar que as embalagens ou contentores não estão demasiado apertados ou mal distribuídos, permitindo assim uma circulação adequada do vapor. O espaçamento correto facilita uma secagem uniforme e completa.

Se, depois de aplicar estas recomendações, os artigos continuarem húmidos após o ciclo de secagem, é necessário verificar o estado do equipamento e efetuar as regulações ou reparações necessárias.

A aplicação destas medidas garante que o processo de esterilização é concluído com êxito, evitando o problema de uma carga húmida no final do ciclo e os seus riscos de esterilização incompleta ou de recontaminação.

4. Ignorar a importância da qualidade da água

A qualidade da água utilizada nos autoclaves é um fator crítico que é frequentemente ignorado, mas que tem um impacto significativo na eficiência da esterilização e na longevidade do equipamento.

A utilização de água que não cumpra as normas recomendadas pode levar à formação de depósitos de calcário nas paredes da câmara e nos componentes internos do autoclave, causando perdas de eficiência, transferência excessiva de minerais para os objetos processados e, eventualmente, avarias. Isto não só afeta negativamente o desempenho do autoclave, como também pode comprometer a qualidade da esterilização.

A solução é clara e simples: é imperativo utilizar apenas água descalcificada ou purificada no seu autoclave. Este tipo de água contém uma concentração muito baixa de sais e outras impurezas que podem interferir com o processo de esterilização. Além disso, é essencial implementar um regime de controlo de qualidade para a água utilizada, com testes regulares para garantir a sua pureza.

A escolha do tipo de água dependerá sempre das instruções do fabricante e da utilização prevista do autoclave. Como regra geral, todos os autoclaves para fins médicos ou que utilizem um gerador de vapor devem utilizar água purificada.

Para resolver estas questões, a RAYPA oferece aos seus clientes amaciadores e purificadores de água validados para utilização com o nosso equipamento. Além disso, fornecemos indicações claras sobre este aspeto nos nossos guias de instalação e manuais de instruções para cada modelo. Se tiver alguma dúvida, a nossa equipa de vendas estará disponível para o aconselhar.

Lembre-se de que manter uma atenção rigorosa à qualidade da água não só evita a acumulação de minerais e problemas de corrosão, como também garante uma esterilização eficaz e prolonga a vida útil do autoclave.

5. Falta de manutenção e calibração regulares

Um autoclave bem conservado é essencial para uma esterilização eficaz e segura. No entanto, a negligência da manutenção e calibração regulares pode levar à perda progressiva de eficiência ou à falha do equipamento, comprometendo a eficácia do processo de esterilização. Problemas como a deterioração dos vedantes e das válvulas ou a descalibração dos controlos de temperatura e pressão podem passar despercebidos até resultarem numa falha ou numa esterilização ineficaz.

Manutenção e calibração regulares do autoclave

A implementação de um programa rigoroso de manutenção e calibração é vital. Este deve estar alinhado com as recomendações do fabricante do autoclave e incluir aspetos fundamentais como a limpeza regular do equipamento, a inspeção e substituição de vedantes e válvulas e a calibração periódica. A calibração dos sensores garante que os ciclos de esterilização funcionam nas condições exatas de temperatura e pressão necessárias para uma esterilização eficaz.

Estabelecer e cumprir um plano de manutenção detalhado não só prolongará a vida útil do autoclave, como também garantirá elevados padrões de esterilização. Isto é crucial não só para cumprir os regulamentos de saúde e segurança em várias indústrias, mas também para garantir a confiança em cada ciclo de esterilização efetuado.

Se estiver a ter estes ou quaisquer outros problemas com o seu autoclave, por favor contacte-nos. A nossa equipa de especialistas irá ajudá-lo a resolver as suas dúvidas e, em conjunto, faremos com que o seu autoclave volte a funcionar perfeitamente.

Conformidade com a Norma FDA 21 CFR Parte 11

Desde 1974, a RAYPA é sinónimo de inovação e qualidade, oferecendo produtos concebidos para responder às necessidades de setores exigentes como a indústria farmacêutica e a biotecnologia. Para responder às necessidades específicas deste segmento de mercado, lançámos os nossos autoclaves Top Line que não só estão em conformidade com a norma FDA 21 CFR Parte 11, como também incorporam tecnologia de otimização de processos para oferecer um desempenho e uma eficiência de topo.

Neste artigo, aprofundaremos a importância da norma FDA 21 CFR Parte 11 no âmbito dos autoclaves e destacaremos como a gestão digital da qualidade dos nossos autoclaves garante o cumprimento deste regulamento, o que nos torna uma referência de excelência no setor dos autoclaves de laboratório.

O que é a FDA?

A Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA(FDA, na sigla em inglês) é uma agência federal que faz parte do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA. A sua principal função é proteger a saúde pública, regulamentando e controlando a segurança, a eficácia e a qualidade dos medicamentos para uso humano e animal, dos produtos biológicos, dos dispositivos médicos, dos alimentos, dos cosméticos e dos produtos que emitem radiações.

Além disso, a FDA é responsável pela aplicação e controlo do cumprimento dos regulamentos que regem o fabrico, a comercialização e a distribuição destes produtos, assegurando que a informação fornecida aos consumidores é exata e clara. Com um vasto leque de responsabilidades, a FDA desempenha um papel crucial na monitorização dos avanços da ciência e tecnologia médicas, bem como na inovação da segurança alimentar e na proteção da saúde pública.

Conformidade com a Norma FDA 21 CFR Parte 11 para autoclaves

A importância da rastreabilidade em ambientes regulamentados pela FDA

A rastreabilidade, definida como a capacidade de rastrear qualquer produto ao longo de todas as fases da sua investigação, desenvolvimento, produção, distribuição e utilização, é um aspeto crucial na indústria farmacêutica e biotecnológica. Numa indústria em que a transparência, a reprodutibilidade e a segurança são fundamentais, é essencial garantir que os produtos cumprem os mais elevados padrões de qualidade.

Neste contexto, a FDA desenvolveu um quadro regulamentar específico, conhecido como FDA 21 CFR Parte 11, para regular a rastreabilidade digital mínima exigida e obrigatória em todos os processos relacionados com alimentos, medicamentos e dispositivos médicos. Estes regulamentos exigem que as empresas farmacêuticas e biotecnológicas mantenham registos abrangentes e indestrutíveis de cada processo, de modo a monitorizar e avaliar a qualidade, bem como a rastrear e resolver quaisquer problemas potenciais que possam surgir.

Neste contexto, a norma FDA 21 CFR 21 Parte 11, destaca-se por estabelecer requisitos específicos para registos eletrónicos, assinaturas eletrónicas e Audit Trails. Estes aspetos são essenciais para garantir a integridade da rastreabilidade, facilitando um acompanhamento preciso, seguro e fiável ao longo do ciclo de vida do produto.

Em que consiste a norma FDA 21 CFR Parte 11?

A norma 21 CFR Parte 11, estabelecida pela FDA em 1997 como parte do seu código de regulamentos federais, destina-se a incentivar a utilização da tecnologia eletrónica para substituir o papel em todos os registos, garantindo a integridade dos dados e assegurando que as informações contidas nos registos eletrónicos são tão fiáveis e válidas como os registos e assinaturas em papel. Este regulamento é particularmente relevante e obrigatório no setor farmacêutico, no setor das ciências da vida e no setor alimentar.

Esta norma promove uma melhor gestão dos dados, garantindo a fiabilidade do seu armazenamento, tratamento e recuperação, incentivando a adoção de registos eletrónicos, assinaturas eletrónicas e Audit trails.

  • Registos eletrónicos: Combinação de texto, gráficos, dados, imagens ou áudio representados em formato digital (equivalente a um registo em papel) criados, modificados e arquivados por um sistema informático.
  • Assinaturas eletrónicas:Combinação de letras e símbolos que representam o nome e a palavra-passe do utilizador. Não só o nome e a data são guardados, mas também o significado da assinatura, seja para revisão, aprovação ou rejeição. As assinaturas eletrónicas ajudam a manter a exclusividade, facilitam as revisões regulares e evitam ações não autorizadas.
  • Audit trails: Registos eletrónicos que permitem a reconstrução completa de uma sequência de eventos relacionados com a criação, modificação ou eliminação de registos eletrónicos. Devem ser imputáveis, legíveis, atuais, originais e exatos, contendo informações pormenorizadas sobre o utilizador, a ação realizada e a data e hora em que foi efetuada.

Autoclaves Top line da RAYPA: desempenho garantido

Para as empresas e entidades que pretendem aderir a esta norma, os nossos autoclaves Top Line são ideais, uma vez que, para além de incorporarem uma tecnologia de esterilização de primeira classe, oferecem um apoio técnico avançado e uma rastreabilidade profissional. Os nossos autoclaves Top line estão equipados com a conetividade mais avançada do mercado e foram concebidos para funcionar em ambientes FDA, GMP e GLP.

Autoclaves Top Line da RAYPA

Os autoclaves Top line são uma solução integral que redefine a eficiência e a segurança graças a:

  • RAYPACONTROL: programação avançada de ciclos, visualização do programa em tempo real, controlo de utilizadores e acesso ao histórico de protocolos.
  • RAYPACLOUD: plataforma de gestão abrangente baseada na Web que inclui relatórios personalizados, gestão integrada de dispositivos, alertas, rastreabilidade para auditorias e encriptação SSL. Existe também a possibilidade de integração num servidor privado, no LIMS ou no Active Directory.
  • RAYPASUPPORT: Um conjunto de funções que redefinem a gestão da manutenção, o acompanhamento do estado dos equipamentos e o diagnóstico à distância com o serviço técnico.

Para além destas funcionalidades, oferecemos a qualificação IQ/OQ/PQ do autoclave, a qualificação IQ/OQ da conformidade FDA do controlador e a qualificação IQ/OQ da conformidade FDA do software de gestão nos seus modos de instalação privados. Além disso, estes autoclaves podem ser complementados com um conjunto de acessórios que elevam os seus padrões de qualidade de acordo com as Boas Práticas de Laboratório (GLP), tais como uma impressora de etiquetas e um leitor de códigos de barras.

Garanta a conformidade com a norma 21 CFR Parte 11 com as nossas soluções e posicione a sua empresa na vanguarda com os nossos autoclaves Top Line.

Ciclos de esterilização em autoclave RAYPA

O processo de esterilização em autoclave é efetuado pela ação do vapor a alta pressão e temperatura. No entanto, nem todos os ciclos de esterilização são iguais e cada um tem a sua aplicação específica. Consoante o tipo de instrumentos ou componentes a esterilizar, deve escolher o ciclo mais adequado.

Já alguma vez se perguntou quais são os ciclos de esterilização mais comuns num autoclave? Apresentamo-los em pormenor para que possa escolher o que melhor se adapta às suas necessidades.

Ciclos de esterilização em autoclave

1. Ciclo gravitacional

Começamos com o ciclo gravitacional, o ciclo mais básico. Este método tradicional baseia-se na deslocação do ar por gravidade, permitindo que o vapor de água na câmara empurre o ar frio para o exterior. É o ciclo ideal para esterilizar materiais sólidos simples e o ciclo que qualquer autoclave pode efetuar. Simples, eficaz e fiável. Saiba mais sobre o ciclo gravitacional.

2. Ciclo com vácuo

O ciclo com vácuo, também conhecido como ciclo de pré-vácuo, vai um passo mais além. Utiliza uma bomba de vácuo para retirar todo o ar da câmara antes da entrada do vapor. Embora existam duas variantes principais, o ciclo de pré-vácuo simples ou o ciclo de pré-vácuo fraccionado, ambos partilham o mesmo processo inicial antes de iniciar o ciclo, a expulsão efetiva do ar frio da câmara por meio de uma bomba de vácuo. Isto garante uma esterilização mais eficaz e uniforme e é obrigatório para esterilizar artigos embalados, com cavidades ou porosos. Mais pormenores sobre o ciclo de vácuo.

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3. Ciclo de líquidos

Se precisar de esterilizar líquidos, este é o ciclo ideal para si. Concebido com base no ciclo gravitacional, este ciclo distingue-se pela sua regulação cuidadosa da pressão e da temperatura durante a fase de arrefecimento, a fim de evitar salpicos, rutura do recipiente ou perdas por evaporação. Este é o ciclo recomendado para esterilizar frascos com meios de cultura ou soluções aquosas. Saiba mais sobre o ciclo de líquidos.

4. Ciclo com secagem

Pretende que os seus instrumentos estejam secos no final do ciclo de esterilização? Está cansado de ter de colocar a carga húmida no forno e de perder tempo com isso? O ciclo com secagem acrescenta um passo adicional após a fase de arrefecimento para remover toda a humidade residual da carga. É perfeito para esterilizar vidro e instrumentos que devem estar completamente secos após a esterilização. Informações adicionais sobre o ciclo com secagem.

5. Ciclo com arrefecimento rápido

Quando o tempo é um fator crítico, o ciclo de arrefecimento rápido apresenta-se como a solução ideal para poupar tempo e aumentar a produtividade. Este ciclo permite um arrefecimento rápido dos artigos esterilizados, reduzindo drasticamente a fase de arrefecimento e melhorando tanto a eficiência como a segurança do processo. É o ciclo ideal para laboratórios com elevada rotação de instrumentos ou para aqueles que necessitam de esterilizar cargas líquidas com frequência. Saiba mais sobre o ciclo de arrefecimento rápido.

6. Ciclo isotérmico ou de baixa temperatura

O ciclo isotérmico ou de baixa temperatura é perfeito para o processamento de materiais termolábeis. Utiliza temperaturas mais baixas e tempos de exposição mais longos para pasteurizar ou esterilizar a carga sem alterar a sua composição química, alterar a integridade estrutural dos componentes eletrónicos ou danificar materiais delicados. Consulte todos os pormenores sobre o ciclo isotérmico.

7. Ciclo de esterilização curto ou esterilização flash

O ciclo flash é um salva-vidas em situações de emergência. É um processo de esterilização rápida para instrumentos que precisam de ser reutilizados imediatamente. Embora seja muito eficiente, deve ser utilizado com precaução, uma vez que normalmente utiliza tempos de exposição mais curtos e uma pré-vácuo mais simples. Saiba mais sobre o ciclo de esterilização curto ou esterilização flash.

8. Ciclo por F₀

O ciclo por F₀ baseia-se no conceito de letalidade térmica, utilizando cálculos precisos para garantir a destruição dos microrganismos. Esta é uma técnica para utilizadores avançados, mas é a mais popular na indústria alimentar e farmacêutica, pois é a que permite o controlo mais preciso e a quantificação da esterilização correta da carga. Aprofunde o ciclo F₀.

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9. Ciclo com suporte de pressão

Este ciclo é ideal para o tratamento de líquidos ou de recipientes herméticos, pois inclui uma adição estratégica de pressão adicional durante a fase de esterilização e/ou de arrefecimento para evitar a perda de carga líquida por evaporação ou a rutura de recipientes herméticos. É o ciclo ideal para o processamento de alimentos embalados ou medicamentos. Descubra todos os pormenores sobre o ciclo com suporte de pressão.

10. Ciclo com segmentos de temperatura

O ciclo com segmentos de temperatura é perfeito para ambientes de investigação ou para produtos que requerem um aquecimento lento e controlado. Este ciclo permite programar segmentos de temperatura independentes e definir a taxa de aumento de temperatura entre os diferentes segmentos. As aplicações são muito variadas, desde contextos de investigação até ao processamento de alimentos ou à preparação de meios de cultura especiais. Detalhes sobre o ciclo com segmentos de temperatura.

11. Ciclos de envelhecimento acelerado

Para aqueles que precisam de validar a durabilidade e a resistência dos seus produtos, estes ciclos simulam condições extremas para garantir o seu desempenho ao longo do tempo. Os autoclaves com esta funcionalidade permitem programar ciclos com tempos de exposição muito longos e até múltiplos ciclos de esterilização seguidos. São essenciais para a investigação e desenvolvimento no setor industrial e farmacêutico. Mais sobre os ciclos de vida do produto.

Testes de avaliação em autoclave

Teste de vácuo

O teste de vácuo é uma avaliação funcional que avalia o funcionamento correto do sistema de vácuo do autoclave, bem como a sua estanquicidade. É crucial assegurar que o autoclave pode atingir e manter um vácuo adequado. Este ciclo de teste é essencial para os laboratórios que utilizam frequentemente ciclos de vácuo para esterilizar artigos embalados, instrumentos com cavidades ou sólidos porosos. Saiba mais sobre o ciclo de teste de vácuo.

Teste Bowie & Dick

O teste Bowie & Dick é utilizado em conjunto com um programa de esterilização específico para verificar a penetração correta do vapor em cargas porosas. É um teste de controlo realizado diariamente em ambientes clínicos para monitorizar a eficácia do processo de pré-vácuo fraccionado dos autoclaves e evitar a perda inadvertida de eficácia. Saiba mais sobre o teste Bowie & Dick.

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Teste Helix

O teste Helix avalia a capacidade do autoclave para esterilizar instrumentos ocos com cavidades e geometrias complexas, assegurando que o vapor penetra eficazmente em todos os cantos dos instrumentos. Trata-se de um teste de controlo associado a um ciclo de esterilização específico, habitualmente utilizado em blocos operatórios e clínicas dentárias para validar a eficácia dos autoclaves na esterilização de instrumentos laparoscópicos ou cânulas dentárias. Mais informações sobre o teste Helix.

Em resumo

A seleção do ciclo de esterilização adequado é de importância vital para garantir a desinfeção completa dos instrumentos e materiais de laboratório. Cada tipo de ciclo oferece vantagens específicas em função do tipo de material e da sua utilização. Para aprofundar cada um destes ciclos e compreender qual deles é mais adequado às suas necessidades, convidamo-lo a explorar cada uma das ligações fornecidas ao longo desta publicação.

Na RAYPA, estamos empenhados na excelência da esterilização e oferecemos-lhe a melhor tecnologia para garantir a máxima segurança e eficiência nos seus processos. Se tiver alguma dúvida, contacte-nos e ajudá-lo-emos a encontrar o autoclave que melhor se adapta às suas necessidades.

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O ciclo gravitacional estabeleceu-se como uma metodologia tradicional e amplamente utilizada na esterilização húmida por autoclave. A sua simplicidade, eficácia e baixo custo tornam-no uma opção atrativa para uma variedade de ambientes.

Este ciclo é caracterizado pelo seu método de remoção do ar da câmara de esterilização: o vapor é gerado na parte inferior da câmara e, depois de aquecer o ar na parte inferior, diminui a sua densidade e é empurrado para cima e para fora. Após alguns minutos, a fração de ar na câmara foi significativamente reduzida e o que resta é principalmente vapor de água saturado.

Este processo baseia-se na lei da gravidade, daí o termo “gravitacional”. A eficácia deste método reside na sua simplicidade e na capacidade do vapor pressurizado atingir temperaturas elevadas e transmitir calor à carga de forma muito eficaz, tornando-o ideal para uma esterilização eficaz a baixo custo.

O ciclo gravitacional é particularmente adequado para materiais com geometrias simples, que não são sensíveis à humidade e que podem suportar temperaturas superiores a 121°C, como o vidro, os metais e alguns plásticos. É normalmente utilizado em laboratórios universitários, na indústria, em centros de investigação e em ambientes de cuidados de saúde para esterilizar instrumentos que não têm cavidades internas ou embalagens complexas.

Operacionalmente, o ciclo gravitacional segue normalmente o seguinte padrão, em que a carga é primeiro aquecida enquanto o ar frio é expulso para o exterior, depois a válvula de purga é fechada e a pressão interna começa a aumentar até ser atingida a temperatura de esterilização. Em seguida, inicia-se a fase de esterilização e, após atingir o tempo de exposição programado, começa a fase de arrefecimento natural, em que a câmara e a carga serão progressivamente arrefecidas e despressurizadas.

Gráfico do ciclo gravitacional em autoclave

Uma das principais vantagens do ciclo gravitacional é a sua simplicidade. Não requer sistemas de vácuo, nem compressor de ar, nem camisa de aquecimento, nem gerador de vapor, nem bombas adicionais, o que torna um autoclave que só efetua este tipo de ciclos muito menos dispendioso e de muito fácil manutenção. Além disso, a eficácia deste tipo de ciclo na eliminação de microrganismos está amplamente demonstrada, o que o torna um método fiável para a esterilização de vários tipos de objetos.

No entanto, o ciclo gravitacional tem as suas limitações. Por exemplo, não é compatível com a esterilização de materiais porosos ou objetos embalados. Isto deve-se ao facto de o seu sistema de remoção de ar não ser excelente e de o ar remanescente na câmara atuar como um isolante, impedindo que o vapor penetre adequadamente em todas as superfícies da carga. Também não é adequado para esterilizar objetos hermeticamente fechados. Nestes casos, podem ser considerados outros métodos de esterilização, como o ciclo de vácuo ou o ciclo com contra-pressão.

Princípios de funcionamento do ciclo gravitacional

O ciclo gravitacional num autoclave distingue-se pela sua eficácia e simplicidade, baseando-se na utilização de vapor a alta pressão e alta temperatura. Os princípios fundamentais que regem o seu funcionamento são os seguintes:

Fases do ciclo gravitacional em autoclave RAYPA

  1. Produção e utilização de vapor de água

    O autoclave aquece a água até obter vapor saturado, ou seja, vapor que não contém gotículas de água em suspensão. Este vapor acede a todos os cantos da câmara de esterilização, proporcionando uma transferência de calor eficiente e uniforme. Nos autoclaves mais simples, o vapor é gerado por meio de resistências elétricas situadas na base do autoclave. Nos autoclaves mais avançados, um gerador de vapor situado no exterior da câmara injeta vapor saturado na câmara de esterilização.

  2. Purga, expulsão de ar

    O vapor quente, que é mais leve que o ar, sobe e desloca o ar para fora da câmara através de uma válvula de purga que está aberta durante este passo. Este processo, baseado na lei da gravidade, é crucial para remover o ar da câmara, uma vez que a presença de bolsas de ar frio impede que o vapor entre em contacto com todas as superfícies dos objetos a esterilizar.

  3. Fase de esterilização

    Depois de o ar ter sido completamente expulso, a câmara é selada e a temperatura do vapor continua a subir até atingir a temperatura de esterilização, que é normalmente 121°C. A temperatura e a pressão serão então mantidas constantes e sem flutuações durante um determinado período de tempo. Esta combinação de temperatura, pressão e tempo garante a transmissão completa da energia do vapor para a carga, inativando todos os microrganismos. A duração desta fase varia consoante o tipo de material a esterilizar e a carga microbiana presente.

  4. Arrefecimento e finalização do ciclo

    Após a esterilização, inicia-se a fase de arrefecimento. O vapor é libertado da câmara, reduzindo a pressão de forma controlada e permitindo que os artigos arrefeçam. Nos programas para sólidos, esta etapa é efetuada a alta velocidade, enquanto que nos autoclaves com programas para líquidos, esta etapa deve ser efetuada a uma velocidade mais lenta e de forma escalonada, para evitar salpicos ou a rutura de recipientes devido a uma mudança brusca de temperatura e pressão.

    No caso de cargas sólidas, os nossos autoclaves da série AES incorporam um botão de pressão que permite que o vapor no interior da câmara seja rapidamente libertado para o exterior quando o ciclo de esterilização estiver concluído. Em contrapartida, os modelos mais avançados efetuam este procedimento automaticamente nos programas de sólidos e dispõem mesmo de sistemas de secagem para garantir que os materiais esterilizados saem secos e prontos a serem utilizados ou armazenados.

    Botão de libertação de vapor localizado no interior do autoclave

  5. Controlo e monitorização

    Durante todo o ciclo, é essencial um controlo rigoroso dos parâmetros de tempo, temperatura e pressão. Os nossos autoclaves estão equipados com sistemas automáticos de monitorização e controlo que garantem a precisão e a reprodutibilidade do processo. Podem também ser equipados com impressoras de tickets e software de gestão, permitindo o controlo total de todos os processos realizados no autoclave.

Ciclo gravitacional vs. ciclo de vácuo

A escolha entre o ciclo gravitacional e o ciclo de vácuo em autoclaves depende das necessidades específicas de esterilização do laboratório onde o autoclave será instalado. Embora um autoclave de vácuo possa efetuar um ciclo gravitacional, um autoclave barato concebido exclusivamente para ciclos gravitacionais nunca poderá efetuar um ciclo de vácuo. Por conseguinte, é crucial escolher o modelo certo de autoclave no momento da compra, tendo em conta a utilização atual e futura que será necessária.

Ciclo gravitacional

O ciclo gravitacional é adequado para a esterilização de objetos sólidos, instrumentos, líquidos, materiais não porosos e cargas não embaladas. Este ciclo é normalmente utilizado em laboratórios, universidades, escolas e centros de investigação para esterilizar material de vidro e instrumentos simples que não tenham cavidades internas ou geometrias complexas. A sua principal vantagem reside na redução dos custos de aquisição, manutenção e funcionamento, graças à sua simplicidade.

Ciclo de vácuo

Por outro lado, o ciclo de vácuo implica a criação de um vácuo no interior da câmara antes da introdução do vapor. Este processo remove eficazmente todas as bolsas de ar presentes em materiais porosos ou objetos com cavidades internas, tornando-o adequado para a esterilização de materiais mais complexos, tais como sacos de resíduos, instrumentos cirúrgicos com lúmens, têxteis, objetos embalados e biorreatores. A sua principal vantagem reside no facto de proporcionar uma esterilização eficaz para cargas mais difíceis.

Qual é o ciclo mais eficiente?

Em termos de eficiência, o ciclo de vácuo supera o ciclo gravitacional na esterilização de objetos com superfícies de difícil penetração ou materiais porosos. No entanto, o ciclo gravitacional é mais rápido, mais económico e suficientemente eficiente para cargas simples e não porosas.

Do ponto de vista do custo e da manutenção, os autoclaves que funcionam com ciclos de vácuo são mais caros e requerem uma manutenção mais frequente e rigorosa devido aos seus componentes, que podem incluir um sistema de vácuo, um compressor de ar, uma camisa de aquecimento, um filtro bacteriológico, um sistema de arrefecimento rápido ou um gerador de vapor. Além disso, necessitam de um sistema de purificação de água para funcionar.

Aplicações do ciclo de gravidade

O ciclo gravitacional de autoclave, conhecido pela sua popularidade e simplicidade, é utilizado numa grande variedade de setores. Seguem-se algumas das aplicações mais comuns deste ciclo, apresentadas de forma concisa e clara:

  • Laboratórios de investigação e ciências da vida

Nestes laboratórios, o ciclo gravitacional é utilizado para esterilizar meios de cultura, soluções aquosas, instrumentos metálicos e material de vidro de laboratório. É particularmente adequado para a esterilização de rotina de pipetas, frascos e outros recipientes de vidro.

Aplicações do ciclo gravitacional

  • Laboratórios de controlo de qualidade na indústria alimentar e de bebidas

Para o controlo de qualidade na indústria alimentar, o ciclo gravitacional é frequentemente utilizado para a esterilização de instrumentos, material de vidro, meios de cultura, resíduos de laboratório e recipientes. A esterilização adequada da carga é essencial para evitar a contaminação e garantir a segurança alimentar na produção, ajudando assim a manter os padrões de higiene e qualidade em toda a indústria.

  • Estações de tratamento de águas residuais

Em qualquer laboratório de uma estação de tratamento de águas, deve ser efetuado um controlo preciso da contaminação microbiológica das águas residuais e da água tratada. Nestes centros, o ciclo gravitacional é utilizado para esterilizar soluções, material de vidro de laboratório, meios de cultura e soluções. É particularmente adequado para a esterilização de rotina de tubos de ensaio, placas de Petri, funis, buretas e frascos com líquidos.

  • Estabelecimentos de ensino e universidades

Neste setor, os autoclaves são geralmente equipados exclusivamente com a funcionalidade de realizar o ciclo gravitacional, e a sua utilização é generalizada devido à sua rentabilidade e fiabilidade. Estes dispositivos são populares não só porque podem esterilizar eficazmente cargas líquidas aquosas e meios de cultura, mas também porque podem processar uma grande variedade de materiais sólidos, tais como frascos, pontas de pipetas, garrafas de vidro e placas de Petri.

  • Indústria farmacêutica, biotecnológica e cosmética

Neste setor, a utilização de ciclos de vácuo e de ciclos com suporte de pressão é frequentemente preferida, especialmente para a produção de produtos farmacêuticos e biotecnológicos embalados em recipientes. No entanto, o ciclo gravitacional é utilizado para esterilizar líquidos e objetos de vidro.

  • No contexto clínico

Este ciclo é normalmente utilizado em laboratórios de hospitais, clínicas e instalações de cuidados de saúde para processar cargas simples e não embaladas. É ideal para esterilizar instrumentos metálicos, tais como tabuleiros, tesouras, pinças e outros utensílios de aço inoxidável. Proporciona uma esterilização eficaz e rápida, essencial para manter um elevado padrão de cuidados e prevenção de infeções. No entanto, para o processamento de objetos mais delicados, como instrumentos laparoscópicos ou implantes médicos, é sempre utilizado um ciclo de vácuo.

  • Veterinária e cuidados com os animais

Tal como no contexto clínico, o ciclo gravitacional também é aplicado em hospitais veterinários e centros de cuidados a animais para esterilizar cargas simples e não embaladas. Deste modo, minimiza-se o risco de transmissão de doenças entre animais e entre animais e Seres humanos.

Fatores críticos para garantir a eficácia do ciclo gravitacional

Para garantir a eficácia do ciclo gravitacional na esterilização em autoclave, é crucial considerar e controlar vários fatores. Estes fatores são essenciais para garantir um processo de esterilização eficaz e seguro:

  1. Carregamento e distribuição dos materiais

    A forma como os materiais são carregados no autoclave tem um impacto significativo na eficiência do ciclo. É importante distribuir os objetos uniformemente e garantir que não estão demasiado apertados ou empilhados, para permitir a circulação adequada do vapor.

  2. Remoção correta do ar

    A eficiência do ciclo gravitacional é altamente dependente da remoção completa do ar da câmara de esterilização. Se houver ar residual, este pode impedir que o vapor saturado atinja todas as superfícies dos objetos a esterilizar, o que pode resultar numa esterilização incompleta. Por conseguinte, deve verificar se a ventilação é efetuada corretamente e se a válvula de ventilação está livre de bloqueios.

  3. Controlo rigoroso da esterilização

    É vital manter a temperatura e a pressão corretas durante o ciclo de esterilização. Geralmente, é necessário atingir e manter uma temperatura de pelo menos 121°C a uma pressão específica para garantir a eliminação efetiva de todos os microrganismos. Para tal, os resultados de cada ciclo devem ser registados e verificados e devem ser acompanhados da utilização de elementos de controlo biológico e/ou químico que validem a esterilização correta da carga. Entre eles, podemos mencionar a fita de controlo da esterilização ou o teste de esporos.

  4. Tempo de exposição adequado

    O tempo durante o qual os materiais são expostos ao vapor saturado deve ser suficiente para garantir uma eliminação adequada. Este tempo de exposição varia consoante o tipo de material a esterilizar e a carga microbiana presente. Por conseguinte, verifique com o fabricante se os parâmetros de cada programa são adequados. Como regra geral, é melhor optar sempre por ser cauteloso e prolongar o tempo de esterilização em caso de dúvida.

  5. Manutenção e calibração do autoclave

    A manutenção regular e a calibração adequada do autoclave são cruciais para o seu desempenho ótimo. Isto inclui a verificação periódica de componentes críticos, como vedantes, válvulas e sensores, bem como a calibração exata dos controlos de temperatura e pressão. A exatidão e a precisão das sondas de temperatura que regulam o ciclo de esterilização do autoclave podem degradar-se com o tempo, pelo que é necessário verificar periodicamente se estão a funcionar perfeitamente.

Considerações sobre segurança e manutenção

O funcionamento seguro e a manutenção adequada dos autoclaves de ciclo gravitacional são essenciais para evitar riscos e garantir a eficiência do processo de esterilização. Seguem-se algumas considerações fundamentais nestes aspetos:

Segurança dos operadores

O funcionamento do autoclave deve seguir rigorosamente as instruções do fabricante e as normas de segurança. Os operadores devem receber formação sobre a utilização do equipamento e estar conscientes dos riscos associados ao trabalho com máquinas que funcionam com vapor de alta pressão e alta temperatura. É crucial evitar abrir o autoclave durante o funcionamento para evitar a libertação súbita de vapor quente e pressurizado. Embora os autoclaves modernos disponham de sistemas de bloqueio da porta enquanto o ciclo está a decorrer, quando o programa termina e a porta é aberta, a carga pode ainda estar muito quente, especialmente as cargas líquidas volumosas.

Manutenção preventiva

A implementação de um programa de manutenção preventiva é essencial para o funcionamento ótimo e seguro do autoclave. Isto inclui inspeções regulares de componentes críticos para a segurança, como vedantes, válvulas, filtros e sensores, bem como a substituição imediata de peças gastas.

Calibração e controlos periódicos

A calibração regular dos controlos de temperatura e pressão é vital para garantir o funcionamento correto do autoclave. Além disso, recomenda-se a realização de controlos periódicos da eficácia de cada ciclo com fita de controlo da esterilização ou testes de esporos para verificar a eficácia do processo de esterilização em cada rotação.

Utilização de água limpa

É essencial renovar periodicamente a água utilizada e utilizar apenas água destilada ou purificada para evitar a transferência de sais para a carga e a formação de depósitos de sal nas paredes e no invólucro interior da câmara de esterilização ao longo do tempo.

Limpeza e desinfeção

É importante limpar e desinfetar regularmente a câmara de esterilização e outras partes do autoclave para evitar a acumulação de resíduos, a formação de depósitos de sal e para prevenir a contaminação cruzada. Deve seguir as recomendações do fabricante relativamente aos agentes de limpeza e desinfeção adequados.

Limpeza da câmara de esterilização do autoclave

Manuseamento de materiais esterilizados

Após a esterilização, os materiais devem ser manuseados com cuidado para preservar a sua esterilidade. Isto inclui deixar os artigos arrefecerem adequadamente antes de os manusear e guardá-los num ambiente limpo e seco. Se não estiver disponível um autoclave com secagem, deve utilizar uma estufa de laboratório para secar a carga sólida antes de a utilizar.

Registo e documentação

É crucial manter um registo detalhado dos ciclos de esterilização, da manutenção efetuada e de quaisquer incidentes para facilitar o controlo de qualidade do equipamento. Estes registos são também essenciais para cumprir os regulamentos e as normas de qualidade, como as Boas Práticas de Laboratório (GLP).

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O ciclo de vácuo, um dos ciclos básicos de esterilização em autoclave, utiliza vapor saturado sob pressão para eliminar microrganismos e esporos. Este ciclo difere do ciclo por gravidade na utilização de um sistema de vácuo mecanizado para remover o ar da câmara de esterilização antes da introdução do vapor, permitindo uma penetração mais profunda do vapor e uma esterilização mais robusta.

No funcionamento do ciclo de vácuo, a evacuação inicial do ar por meio de uma bomba de vácuo é essencial para evitar que o ar retido impeça a penetração do vapor. Após esta evacuação, o vapor saturado é introduzido na câmara, penetrando eficazmente em todas as superfícies, incluindo as partes internas de objetos ocos ou porosos, graças à ausência de bolsas de ar frio.

A remoção ativa do ar através de impulsos de vácuo é uma caraterística fundamental do ciclo de vácuo, permitindo uma penetração mais eficaz do vapor em comparação com o ciclo de gravidade. Enquanto no ciclo de gravidade o vapor desloca passivamente o ar, o ciclo de vácuo garante que mesmo os espaços mais pequenos e de acesso mais complexo sejam acessíveis ao vapor.

Gráfico do ciclo de vácuo em autoclave RAYPA
Exemplo de um ciclo de esterilização com pré-vácuo fraccionado e secagem final: No início do processo, a bomba de vácuo gera três impulsos de vácuo para expulsar o ar da câmara, ao mesmo tempo que é injetado vapor, provocando o aumento da temperatura. A pressão é representada pela curva azul e a temperatura pela curva preta.

Esta penetração de vapor é crucial para uma esterilização bem sucedida, pois permite que o vapor entre em contacto com todas as superfícies, incluindo as partes internas dos instrumentos médicos e dentários com lúmens estreitos ou materiais porosos. A alta temperatura e a pressão do vapor no ciclo de vácuo garantem a destruição efetiva de quaisquer microrganismos.

O ciclo de vácuo distingue-se pelo controlo e monitorização precisos de todos os parâmetros críticos, tais como a temperatura e a pressão, que são essenciais para alcançar as condições ideais de esterilização. Os autoclaves modernos equipados com este ciclo incorporam sistemas de controlo automatizados, que não só registam e ajustam estes parâmetros, como também garantem a reprodutibilidade e a eficiência do processo sob qualquer tipo de carga.

Vantagens do ciclo de vácuo em relação ao ciclo de gravidade em autoclave

Em comparação com o ciclo de gravidade, o ciclo de vácuo oferece vantagens significativas em termos de eficiência, eficácia e versatilidade. Estas características são particularmente valiosas em ambientes onde a esterilidade é crítica, tais como hospitais, laboratórios de investigação e a indústria farmacêutica. A melhor penetração do vapor, juntamente com a ausência de gases não condensáveis na câmara, garante que o processamento de cargas porosas, objetos embados e objetos com geometrias complexas ocorre com excelente homogeneidade e precisão, reduzindo o risco de falha na esterilização.

Melhor penetração do vapor

Uma das principais vantagens do ciclo de vácuo em relação ao ciclo de gravidade é a sua capacidade de conseguir uma penetração de vapor mais eficaz e uniforme. Isto é conseguido através da remoção mecânica do ar da câmara de esterilização antes da introdução do vapor, assegurando que não existem bolsas de ar frio que atuem como uma barreira isolante.

Ilustração do funcionamento do ciclo de vácuo em autoclave
Esta ilustração mostra como o gerador de vapor injeta vapor (esferas vermelhas) e a bomba de vácuo expele o ar para o exterior (esferas brancas).

Isto ocorre porque o ar contém gases não condensáveis, e a presença destes gases impede a condensação do vapor de água nas superfícies da carga, prejudicando a transferência adequada de calor do vapor. Isto é particularmente importante para a esterilização de objetos com superfícies e geometrias internas complexas, tais como instrumentos cirúrgicos com lúmens e cavidades ou materiais porosos como os têxteis.

Maior rapidez

Uma vez que os ciclos de vácuo aceleram a fase de aquecimento, podem ser úteis quando é importante esterilizar uma carga o mais rapidamente possível. Em vez de dependerem da gravidade para remover o ar frio de forma lenta e ineficiente, estes ciclos melhoram a eficiência removendo ativamente o ar frio da câmara.

Isto acontece porque os autoclaves com pré-vácuo extraem o ar da câmara através de uma bomba de vácuo que, por meio de múltiplos impulsos de vácuo, expulsa o ar para o exterior.

Eficácia em cargas porosas e complexas

O ciclo de vácuo é o ciclo de esterilização adequado para a esterilização de cargas porosas, tais como têxteis cirúrgicos, kits de instrumentos embalados e outros materiais que possam reter ar. A remoção eficiente do ar garante que o vapor saturado penetre totalmente nestes materiais. O ciclo de gravidade, por comparação, não remove eficazmente o ar, pelo que existe um maior risco de deixar áreas não esterilizadas devido à presença de bolsas de ar.

Reduzir o risco de falha na esterilização

O ciclo de vácuo reduz significativamente o risco de falha na esterilização. Ao controlar mais eficazmente a remoção de ar e a distribuição de vapor, a possibilidade de existirem superfícies não esterilizadas na carga é minimizada. Além disso, os autoclaves modernos com ciclo de vácuo estão equipados com microprocessadores que monitorizam vários sensores e executam controlos automatizados constantes em todos os parâmetros críticos do processo, proporcionando uma maior fiabilidade e consistência em comparação com os autoclaves que realizam apenas ciclos gravitacionais.

Versatilidade e aplicações específicas

O ciclo de vácuo é mais versátil e adequado para uma gama mais vasta de aplicações. Enquanto o ciclo de gravidade é eficaz para cargas simples e não porosas, o ciclo de vácuo pode lidar com uma variedade de cargas, incluindo instrumentos médicos complexos, equipamento de laboratório e materiais sensíveis. Esta versatilidade torna-o indispensável em ambientes onde são manuseados diferentes tipos de cargas que requerem esterilização.

Aplicações específicas do ciclo de vácuo em autoclave

O ciclo de vácuo em autoclave é vital em vários setores onde é necessária uma esterilização eficiente e fiável. A sua adaptabilidade a diferentes aplicações torna-o indispensável na indústria dentária, veterinária e médica, na indústria farmacêutica e em ambientes de investigação. Na medicina e na medicina dentária, o ciclo de vácuo é crucial para a esterilização de instrumentos com lúmens estreitos e cavidades complexas, assegurando a penetração completa do vapor para evitar infeções cruzadas.

Esta capacidade é igualmente importante para os equipamentos médicos, como endoscópios, cateteres, têxteis ou implantes, em que é necessária uma esterilização completa para garantir a segurança dos doentes.

Na indústria farmacêutica e nos laboratórios de investigação, o ciclo de vácuo é utilizado para esterilizar produtos a granel, materiais sensíveis, garantindo a integridade dos meios de cultura, soluções em ampolas e equipamento de laboratório. A sua fiabilidade é crucial para evitar contaminações que possam afetar os resultados experimentais.

Implementação do ciclo de vácuo na prática

Esterilização de cargas complexas com o ciclo de vácuo em autoclave

A implementação eficaz do ciclo de vácuo em autoclave implica uma atenção meticulosa aos pormenores técnicos e operacionais para garantir uma esterilização segura e eficiente. Os principais aspetos incluem:

1. Configuração do autoclave

A configuração adequada é crucial, abrangendo a qualificação do equipamento ao colocá-lo em funcionamento, a calibração periódica e a manutenção preventiva e corretiva. Os autoclaves modernos com interfaces digitais facilitam a configuração e o monitoramento desses parâmetros. É essencial manter o autoclave em condições ideais por meio de manutenção regular e verificações de desempenho.

2. Preparação da carga

Os artigos devem ser limpos e, se necessário, embrulhados ou embalados de forma adequada. No que diz respeito à disposição da carga, esta deve facilitar uma circulação ótima do vapor e uma evacuação eficaz do ar, evitando embalagens demasiado apertadas ou sobrepostas que possam obstruir a penetração do vapor. Do mesmo modo, os cestos não devem ser sobrecarregados. Além disso, se forem empilhados vários cestos, a base do cesto superior não deve tocar nos materiais do cesto inferior.

É igualmente importante utilizar os acessórios específicos recomendados pelo fabricante e não colocar objetos diretamente em contacto com as paredes da câmara.

3. Funcionamento do ciclo de vácuo

O número de impulsos de vácuo, o tempo de ciclo, as definições de temperatura e pressão devem ser adequados a cada tipo específico de carga. Os autoclaves de pré-vácuo vêm normalmente de fábrica com ciclos pré-programados concebidos para vários materiais e aplicações. Em caso de dúvida, recomenda-se que contacte o fabricante. Como recomendação geral, é sempre preferível utilizar um programa mais abrangente e evitar a utilização de ciclos rápidos.

4. Monitorização e validação

A monitorização contínua é vital para manter as condições de esterilização adequadas. Os sensores e os registos automatizados ajudam a controlar parâmetros críticos como a temperatura, a pressão e o tempo. Além disso, a validação regular do processo de esterilização, através de indicadores biológicos e químicos, é crucial para confirmar a eficácia do ciclo de vácuo.

5. Manutenção e resolução de problemas

A manutenção regular do autoclave é vital para o seu desempenho ótimo. Isto inclui a limpeza da câmara, a verificação do funcionamento correto das válvulas e a manutenção dos componentes do autoclave. Além disso, os testes funcionais, tais como o teste de estanquidade a vácuo ou o teste Bowie-Dick, devem ser realizados regularmente para confirmar o funcionamento correto do autoclave. Preste atenção imediata a quaisquer sinais de avaria para garantir que o autoclave continua a funcionar eficazmente.

Desafios e recomendações no ciclo de vácuo em autoclave

O ciclo de vácuo, embora seja uma técnica eficiente e amplamente utilizada, enfrenta desafios que requerem soluções específicas para manter a sua eficiência e eficácia, especialmente devido à utilização de autoclaves mais avançados que incorporam um maior número de componentes.

Manuseamento de cargas especiais para esterilização em autoclave

  • Manuseamento de cargas especiais: Instrumentos cirúrgicos complexos, materiais porosos e dispositivos com lúmens estreitos apresentam desafios únicos para a esterilização. As recomendações para o tratamento destes artigos incluem a utilização de técnicas de carregamento adequadas para facilitar a remoção do ar e a penetração do vapor, a seleção de programas de esterilização adequados e testes periódicos de controlo da penetração do vapor, como o teste Bowie & Dick.
  • Eficiência operacional: A manutenção de uma elevada eficiência operacional, especialmente em ambientes onde o autoclave é utilizado intensivamente, requer a automatização de processos e o estabelecimento de protocolos claros para cada tipo de carga, bem como a definição de programas específicos para as aplicações mais frequentes. Além disso, a formação dos funcionários sobre a utilização eficiente do autoclave é essencial para reduzir o tempo de inatividade e melhorar a produtividade.
  • Controlo e monitorização de parâmetros: O controlo preciso e a monitorização constante de parâmetros como a temperatura, a pressão e o tempo são cruciais. A análise destes resultados ajudará a detetar problemas de perda de eficácia. Os autoclaves com sistemas de controlo avançados e sensores precisos facilitam o ajuste e a monitorização destes parâmetros, alguns até ajustam automaticamente os ciclos de acordo com as variações de carga ou condições de funcionamento.
  • Manutenção e resolução de problemas: Uma manutenção inadequada pode causar falhas na esterilização e períodos de inatividade. É essencial implementar um programa regular de manutenção preventiva e formar os funcionários na identificação e resolução de problemas comuns. Além disso, um serviço técnico fiável e de resposta rápida é crucial para a resolução eficaz de problemas.
  • Conformidade com regulamentos e normas: A conformidade com regulamentos e normas de esterilização em constante evolução é um desafio significativo. É essencial manter-se atualizado com os regulamentos mais recentes e garantir que tanto o equipamento como os processos cumprem estas normas. A colaboração com os organismos reguladores e a participação em programas de formação e seminários especializados são estratégias eficazes para garantir o cumprimento contínuo e a melhoria das práticas de esterilização.
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A esterilização de líquidos em autoclaves é um procedimento comum em laboratórios de microbiologia e centros de investigação, onde a esterilidade dos líquidos é essencial para a integridade das experiências científicas e dos processos de produção.

Os autoclaves, dispositivos que funcionam com vapor pressurizado, são normalmente utilizados para esterilizar instrumentos e objetos sólidos. No entanto, a esterilização de líquidos, como meios de cultura e soluções tampão, apresenta desafios únicos que influenciam o projeto e a duração do ciclo de esterilização a ser usado.

Um aspeto crítico da esterilização de líquidos é evitar o efeito “boil-over”, um fenómeno que ocorre quando um líquido quente num recipiente fechado sofre uma mudança súbita de pressão, fazendo com que ferva espontaneamente e se derrame. Este risco, juntamente com a necessidade de controlar cuidadosamente a taxa de aquecimento e arrefecimento, distingue a esterilização de cargas líquidas da de objetos sólidos.

Princípios básicos do ciclo de líquidos em autoclave

O ciclo de líquidos num autoclave baseia-se num ciclo gravitacional com algumas modificações, uma vez que a fase de arrefecimento deve ser controlada e a duração da fase de aquecimento deve ser prolongada. Embora a temperatura de esterilização utilizada seja 121°C, a duração dependerá em grande medida da quantidade de líquidos e da dimensão dos recipientes.

Ao contrário dos ciclos de gravidade e de vácuo, que se destinam a processos de esterilização de materiais sólidos e porosos, o ciclo de líquidos foi especificamente concebido para o tratamento de cargas líquidas em recipientes e visa evitar falhas de esterilização, sobreaquecer a carga, a ebulição espontânea e minimizar as perdas por evaporação.

Esterilização em autoclave por ciclo de líquidos

Para atingir estes objetivos, é fundamental um controlo preciso da fase de aquecimento. Os grandes volumes de líquidos demoram muito tempo a aquecer, uma vez que sofrem um atraso significativo para atingir a temperatura da câmara, pelo que, se aplicarmos o mesmo tempo de exposição que um ciclo de sólidos para esterilizar uma carga líquida, verificaremos que a carga líquida não atingirá a temperatura de esterilização com a mesma velocidade.

O efeito oposto ocorre na fase de arrefecimento: os líquidos demoram muito mais tempo a arrefecer, pelo que os utilizadores inexperientes correm o risco de sofrer queimaduras ao remover a carga, porque embora a temperatura da câmara tenha arrefecido até uma temperatura segura, os líquidos podem ainda estar muito quentes.

Outro aspeto a ter em conta é que uma despressurização demasiado rápida durante a fase de arrefecimento pode causar o efeito de “boil-over”, ou seja, a ebulição espontânea do líquido. Por conseguinte, o ciclo de líquidos deve despressurizar a câmara gradualmente, reduzindo lentamente a pressão para evitar mudanças bruscas de temperatura.

Desafios únicos da esterilização de líquidos

Como vimos, a esterilização de líquidos em autoclave enfrenta desafios específicos devido às propriedades físicas dos líquidos e à necessidade de manter a sua integridade durante o processo.

Lidar com o elevado calor específico dos líquidos

Um dos principais desafios na esterilização de líquidos é o seu elevado calor específico. Os líquidos, em comparação com os sólidos, necessitam de muito mais energia para aumentar a sua temperatura. Isto significa que os ciclos de esterilização de líquidos têm de ser mais longos, uma vez que o líquido demora mais tempo a atingir a temperatura de esterilização. Da mesma forma, o arrefecimento também demora mais tempo, prolongando o tempo total do ciclo.

Para resolver este problema, os autoclaves modernos podem ser equipados com uma sonda central que monitoriza a temperatura interna da carga e também atua como regulador do ciclo. Isto significa que se programarmos um ciclo de líquidos com uma temperatura de esterilização de 119°C durante 10 minutos, o temporizador não arrancará até que a temperatura da carga atinja 119°C.

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Nos autoclaves tradicionais, o temporizador arranca quando a temperatura da câmara atinge 119°C, mas a temperatura da carga pode ser apenas de 105°C. Esta discrepância é uma causa comum de falha na esterilização correta de cargas líquidas.

Prevenção do efeito “boil-over”

Este fenómeno, também designado por ebulição rápida, é causado por uma rápida mudança de pressão durante a fase de arrefecimento, o que pode resultar em salpicos e derrames e consequente perda de carga esterilizada e, pior ainda, sujidade do equipamento e do resto da carga.

Ninguém gosta de ter de limpar um autoclave com resíduos de ágar solidificados nas paredes da câmara. Para evitar este problema, é necessária uma despressurização escalonada durante a fase de arrefecimento e uma monitorização precisa da temperatura da carga através da utilização de uma sonda central.

Manter a integridade do líquido

Outro grande desafio é manter a integridade química e biológica dos líquidos, especialmente porque demoram muito tempo a arrefecer, levando a uma cocção excessiva e a uma perda de tempo considerável. Esta situação é especialmente problemática para os líquidos termolábeis, cujas propriedades podem ser afetadas negativamente pela exposição desnecessária a altas temperaturas. Por exemplo, certos meios de cultura têm a sua taxa de fertilidade agravada devido à decomposição de proteínas ou triglicéridos, enquanto certos reagentes podem sofrer alterações na sua composição química.

Para combater este problema e melhorar a produtividade do laboratório, recomenda-se a utilização de autoclaves com sistemas de arrefecimento rápido, uma vez que estes reduzem significativamente o tempo de exposição ao calor e permitem uma recuperação muito mais rápida da carga, aumentando drasticamente a produtividade do laboratório. Dependendo do tipo de sistema de arrefecimento rápido utilizado e do tipo de carga, é possível obter reduções até 90%, o que representa uma poupança de mais de 60 minutos em cada ciclo de esterilização.

Gráfico do autoclave TLV-FA com fase de arrefecimento rápido
O ciclo padrão dos nossos autoclaves da série TLV-FA permite uma redução de até 60% na fase de arrefecimento ao processar cargas líquidas. Isto é graças ao seu eficiente sistema de arrefecimento rápido com suporte de pressão, ventilador interno e serpentina de água.

Entre as tecnologias mais comuns encontram-se os ventiladores e as serpentinas de água. Além disso, os autoclaves mais modernos incluem sistemas de sobrepressão para evitar a ebulição durante a fase de arrefecimento e para minimizar a perda de líquido por evaporação. Outro tipo de autoclaves, os preparadores de meios, permitem reduções ainda mais rápidas.

Parâmetros-chave do ciclo de líquidos

É evidente que o ciclo de líquidos num autoclave é um processo delicado que requer a definição precisa de vários parâmetros para garantir uma esterilização eficaz e segura. Estes parâmetros incluem a temperatura da câmara, a temperatura da carga, a pressão da câmara, o tempo de exposição e o controlo da fase de arrefecimento, cada um dos quais desempenha um papel crucial no sucesso do processo.

  1. Temperatura e pressão ótimas

    A temperatura e a pressão são os fatores mais críticos na esterilização de líquidos. Geralmente, os líquidos são esterilizados a uma temperatura de cerca de 121°C, que é alcançada sob uma pressão de aproximadamente 1,1Barg. Esta combinação de temperatura e pressão elevadas é eficaz para matar qualquer microrganismo, incluindo os esporos. No entanto, para os líquidos termolábeis, devem ser utilizadas temperaturas mais baixas.

    Em qualquer caso, é essencial manter estas condições constantemente durante a fase de esterilização para garantir a esterilidade completa do líquido. É também aconselhável utilizar sempre uma sonda central que monitorize a temperatura da carga e que seja esta a regular o ciclo e não a temperatura da câmara.

  2. Tempo de esterilização

    O tempo de exposição à temperatura de esterilização é outro parâmetro vital. Este tempo varia consoante o tipo e o volume do líquido, bem como a carga total do autoclave. Os líquidos requerem um tempo de exposição mais longo do que os sólidos devido ao seu maior calor específico.

    Os tempos de exposição típicos podem variar de 15 minutos a mais de 30 minutos, dependendo destes fatores. Duas recomendações a considerar são a utilização de indicadores biológicos para validar os processos e a tentativa de minimizar o volume dos contentores para que os tempos de ciclo sejam mais curtos. É mais eficiente processar mais contentores de menor volume do que menos contentores de maior volume.

    Finalmente, recomenda-se a utilização de ciclos de esterilização regulados por F0devido à sua capacidade de quantificar com exatidão a letalidade de um processo de esterilização. Ao utilizar o valor F0, o ciclo de esterilização é automaticamente ajustado de acordo com as necessidades específicas da carga. Isto evita erros de ineficiência devido a exposições demasiado curtas e problemas de consistência relacionados com a disposição da carga no interior do autoclave, tanto em termos de forma como de número de recipientes.

  3. Controlo da fase de arrefecimento

    A fase de arrefecimento é uma etapa importante no ciclo de líquidos. Uma despressurização rápida causará uma ebulição descontrolada da carga líquida, enquanto que um arrefecimento demasiado lento prolongará desnecessariamente o ciclo e cozerá demasiado a carga, reduzindo a qualidade do líquido processado. Por conseguinte, deve ser utilizado um autoclave com um programa de líquidos para evitar alterações súbitas de temperatura e pressão durante a fase de arrefecimento.

    Para os laboratórios com grandes volumes, recomenda-se a utilização de autoclaves com sistema de arrefecimento rápido ou de preparadores de meios para acelerar este processo sem comprometer a sua segurança ou eficiência. Graças a este tipo de autoclaves, a produtividade do laboratório pode ser exponencialmente melhorada.

  4. Monitorização e validação

    A monitorização e o registo de cada processo são essenciais para garantir que cada ciclo de esterilização está a ser realizado corretamente. Isto é normalmente conseguido através de sensores e controlos automatizados que ajustam a temperatura, a pressão e o tempo conforme necessário. Além disso, a validação periódica do desempenho do autoclave é crucial para confirmar que o seu desempenho se mantém eficaz ao longo do tempo.

Autoclaves e acessórios específicos para esterilização de líquidos

Existem várias opções disponíveis no mercado para melhorar a eficiência e a segurança da esterilização de líquidos, todas baseadas na utilização de tecnologias e modelos especializados:

  • Autoclaves equipados com ciclos para líquidos

Estes autoclaves estão equipados com sistemas de controlo e programas específicos para a esterilização de líquidos. Os modelos mais avançados permitem mesmo a programação por valor F₀ em vez da temperatura de esterilização.

  • Autoclaves com sonda central flexível

Fornecem leituras de temperatura em tempo real das condições no interior da carga líquida. Este acessório permite controlar se a esterilização é efetuada corretamente e se a carga é exposta à temperatura pretendida durante o tempo necessário.

Acessório para esterilização de líquidos em autoclave

  • Sistemas de arrefecimento rápido

Estes sistemas permitem encurtar a duração da fase de arrefecimento. Exemplos incluem a utilização de ventiladores externos, ventiladores internos, uma serpentina de água, uma camisa de arrefecimento ou sistemas de duche de água.

Considerações especiais para cargas líquidas sensíveis ao calor

A esterilização de cargas líquidas termolábeis requer uma abordagem mais cuidadosa e adaptada para preservar a integridade física e química da carga, garantindo ao mesmo tempo a sua esterilidade. Tais cargas líquidas, como certos reagentes químicos e meios de cultura, podem degradar-se ou alterar as suas propriedades quando expostos a temperaturas elevadas durante demasiado tempo.

Para evitar este problema, é aconselhável trabalhar com a equivalência térmica entre diferentes temperaturas e tempos, utilizando o valor F₀.

Utilização do valor F₀

O valor F₀ permite quantificar a esterilidade de um processo térmico e a equivalência da letalidade entre dois processos. É um método amplamente utilizado na esterilização de alimentos e é também essencial para preservar a integridade de substâncias propensas à termólise.

Em particular, o valor F₀ representa o tempo de exposição em minutos equivalente a 121°C. Assim, um F₀ de 3 denota uma esterilização equivalente a três minutos a 121°C. Continuando com o exemplo, aplicando a fórmula, podemos calcular que um F₀ de 3 é equivalente a 6 minutos a 118°C. Por outras palavras, esterilizar 3 minutos a 121°C é o mesmo que esterilizar 6 minutos a 118°C.

Fundamentalmente, permite a extrapolação da eficácia esterilizante de um processo para outras temperaturas, facilitando a adaptação precisa de um processo térmico através da modificação da temperatura máxima do processo, a fim de otimizar a relação entre a esterilização e a preservação das propriedades físico-químicas do produto.

Cálculo da duração de um ciclo regido por valores F₀

Ao trabalhar com um autoclave com programas de F₀, apenas o valor alvo de F₀ e a temperatura máxima do processo devem ser reportados, eliminando a necessidade de programar um tempo no ciclo de esterilização. Desta forma, o autoclave mede automaticamente a evolução do valor real de F₀ e pára o ciclo quando o valor alvo de F₀ é atingido.

Arrefecimento de líquidos termolábeis

Um arrefecimento cuidadoso é igualmente importante para os líquidos sensíveis ao calor. Um arrefecimento demasiado lento resultará numa exposição excessiva ao calor. Do mesmo modo, uma despressurização rápida conduzirá a salpicos e derrames. Por conseguinte, recomenda-se vivamente a utilização de autoclaves equipados com sistemas de arrefecimento rápido e suporte de pressão para processar este tipo de cargas, de modo a reduzir o tempo de aquecimento da carga ao mínimo necessário.

Melhores práticas e sugestões para uma esterilização eficaz de líquidos em autoclaves

Para otimizar a esterilização de líquidos num autoclave, recomendamos que siga determinadas práticas:

  1. Seleção adequada de contentores

    Utilize sempre contentores resistentes ao calor e deixe sempre espaço para a expansão térmica dos líquidos.

  2. Deixar sempre os recipientes com tampa semi-abertos

    Para evitar a rutura de recipientes ou derrames, os líquidos nunca devem ser esterilizados em recipientes herméticos, a menos que seja utilizado um ciclo com suporte de pressão. Por exemplo, as tampas dos frascos devem ser ligeiramente desenroscadas e os frascos Erlenmeyer devem ser cobertos com folha de alumínio.

  3. Ajuste correto dos parâmetros do autoclave

    Ajuste a duração do ciclo de acordo com o volume total dos recipientes a esterilizar e disponha de um autoclave que efetue uma despressurização escalonada durante a fase de arrefecimento.

  4. Utilize autoclaves com programas para líquidos e um sistema de arrefecimento rápido.

    Isto poupará muito tempo, evitará a cocção excessiva da carga, oferecerá maior segurança aos operadores e, a longo prazo, poupará muito tempo de limpeza devido a derrames da carga.

    Ciclo de líquidos em autoclave

  5. Monitorização e validação

    Equipe o autoclave com uma sonda central e coloque-a dentro de um recipiente de referência. Isto irá permitir-nos monitorizar com precisão a evolução da temperatura na carga e verificar se foi exposta à temperatura alvo durante o tempo necessário. É também altamente recomendável a utilização de indicadores biológicos e químicos para confirmar a esterilização correta e manter um registo detalhado de todos os processos realizados.

  6. Manipulação de cargas

    Evite abrir a porta do autoclave prematuramente e manuseie os recipientes com cuidado quando o ciclo tiver terminado. Como já vimos, os líquidos demoram muito mais tempo a aquecer do que os objetos sólidos e o mesmo acontece durante a fase de arrefecimento.

  7. Limpeza e manutenção regulares do autoclave

    Mantenha o autoclave limpo e efetue inspeções e manutenções regulares para garantir o correto funcionamento dos mecanismos de segurança e prolongar a sua vida útil.

Ao seguir estas práticas, pode melhorar a eficiência e a segurança da esterilização de líquidos em autoclave, garantindo resultados consistentes e fiáveis em qualquer contexto.